09/01/2025 – Segundo o Comandante Capitão Daniel Alves, da 2ª Companhia de Bombeiros Militar de Passos – 10º BBM, a principal dificuldade que a equipe tem enfrentado é a profundidade do local, que chega a 72 metros, os equipamentos dos militares não são suficientes devido a falta de investimentos por parte do Governo de Minas.
Diante da cobrança da população pelo trabalho dos militares o Capitão Daniel fez um desabafo: “Isso aí não é um mergulho de 15 metros, 20 metros, igual estão falando. As pessoas falam ‘ah tem que buscar’. Nos canyons (de Capitólio) em dois dias achamos os 10 corpos das vítimas e entregamos aos familiares. No primeiro dia, mergulhando, nós achamos sete corpos, exaustos, quase tive um barotrauma. Não é um mergulho de piscina, ‘tampa o nariz e fica aí um minuto’, não é assim não, tem muitas coisas envolvidas nesta operação’’.
Segundo o Corpo de Bombeiros, no primeiro dia de busca, foi aferido a profundidade utilizando o sonar, com o apoio da Marinha do Brasil (DelFurnas), além da medição da profundidade com poita e corda, constatando cerca de 55 metros de profundidade do ponto que as testemunhas repassaram com as coordenadas geográficas.
Já no segundo dia de buscas, a Marinha esteve presente com apoio da embarcação e a empresa de mergulho Scubaminas de São José da Barra, novamente utilizando o sonar, porém com recursos modernos. Foi realizada uma varredura do trajeto das coordenadas geográficas repassadas ao CBMMG e a Marinha, sendo detectado um objeto similar a um veículo. Posteriormente, a equipe lançou uma corda com um imã para confirmação do objeto, com uma profundidade de 40 metros. Confirmado que estava firme, sendo poitado com boia, houve a descida de um mergulhador da ScubaMinas, onde foi constatado que o objeto era uma balsa antiga naufragada.
Estava previsto para esta quarta-feira (08/01) a chegada do Comando Especializado de Bombeiros Militar em Belo Horizonte, para ajudar nas buscas.
Fonte Folha Regional/Redação BNN
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