23/05/2025 - A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta quinta-feira, 22, a operação Descrédito, que resultou no cumprimento de 15 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em São Sebastião do Paraíso, Belo Horizonte, Região Metropolitana, e em Montes Claros, no Norte do estado
A ação teve como alvo uma organização criminosa composta por ao menos 18 integrantes, incluindo gerentes e ex-gerentes bancários, falsificadores de documentos e intermediários. O grupo é responsável por aplicar golpes milionários, com prejuízo superior a R$ 20 milhões, utilizando dados de pessoas físicas e jurídicas para a obtenção fraudulenta de empréstimos.
Mais de cem policiais civis participaram da operação, coordenada pelo 18º Departamento de Polícia Civil em Poços de Caldas, por meio da Delegacia Regional em São Sebastião do Paraíso, com apoio de equipes da capital e do Norte de Minas.
De acordo com o delegado Rafael Gomes, responsável pela investigação, os suspeitos agiam de forma estruturada e dividida.
As investigações começaram em setembro de 2024, após uma vítima de Paraíso procurar a delegacia local. Um dos principais articuladores do esquema foi preso em outubro, em Belo Horizonte, o que deu início à apuração mais ampla.
Segundo o delegado regional em São Sebastião do Paraíso, Tiago Bordini, a investigação revelou que o golpe deu prejuízo direto também às instituições financeiras, que foram enganadas com o uso de documentos falsos e conivência de alguns de seus próprios gerentes.
Entre os 15 presos, estão quatro gerentes bancários em atividade e dois ex-gerentes, além de falsificadores e operadores do esquema. Pelo menos três dos detidos confessaram participação, um deles admitindo que chegou a abrir 40 contas fraudulentas e que recebia 10% de comissão sobre os empréstimos contratados.
O chefe do 18º Departamento, delegado Marcos Pimenta, destacou a importância da investigação conduzida pela equipe do Sul de Minas, dizendo que a Polícia Civil está atenta e vai continuar reprimindo o crime organizado em todas as suas formas.
A PCMG continua os trabalhos de análise dos materiais apreendidos, como celulares, computadores, documentos e cartões bancários virgens, e já planeja novas fases da investigação, que pode levar à identificação de mais vítimas e envolvidos.
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