25/06/2025 - A possibilidade de exploração dos minérios conhecidos como “terras raras” na área de um vulcão extinto há 120 milhões de anos no Sul de Minas Gerais tem potencial para colocar o Brasil na posição de protagonista da transição energética. Este tipo de material ganhou importância estratégica em todo o mundo e virou, inclusive, alvo de disputas comerciais entre China e Estados Unidos.
“Terras raras” são um conjunto de 17 elementos químicos essenciais na fabricação de compostos usados em tecnologias de energia limpa. Apesar do nome, eles são abundantes na natureza. O termo “raras” se refere à dificuldade de separá-los dos minerais onde estão presentes.
O Brasil tem a segunda maior reserva de "terras raras" do mundo, com 21 milhões de toneladas, o equivalente a 23% do total global, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). Projetos de extração desses minérios já estão em andamento em Goiás e Minas Gerais, mas há jazidas também no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo e Roraima.
O depósito de “terras raras” formado sobre a cratera do vulcão extinto no Sul de Minas Gerais se destaca pela extensão e alta concentração de minério. Ele também possui facilidades de extração não encontradas em outros locais do mundo.
Porém, há a preocupação com os impactos ambientais, pois a mineração é um processo complexo que envolve diversas etapas. Para cada tonelada de argila que é processada com ácido e sulfato de amônia, só um quilo é retirado do produto que será aproveitado na indústria; o restante é devolvido para as cavas abertas pela mineração.
As terras abrangem todo o município de Poços de Caldas (MG), além de Caldas (MG), Andradas (MG) e Águas da Prata (SP)
A Prefeitura de Poços de Caldas diz que acompanha a implantação dos estudos de impacto ambiental realizados pela mineradora.
Mín. 13° Máx. 25°